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Desbarrancamento pode deixar 60 famílias sem moradia no AC

‘Tenho que continuar dormindo aqui por não ter para onde ir’, diz moradora. Doméstica diz que teve prejuízo de ao menos R$ 10 mil.

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‘Tenho que continuar dormindo aqui por não ter para onde ir’, diz moradora. Doméstica diz que teve prejuízo de ao menos R$ 10 mil.

Vanísia Nery Do G1 AC

Casas correm o risco de desmoronar a qualquer momento (Foto: Vanísia Nery/ G1)

Casas correm o risco de desmoronar a qualquer momento (Foto: Vanísia Nery/ G1)

Aproximadamente 60 famílias, que residem no bairro da Lagoa, em Cruzeiro do Sul (AC), correm o risco de ter suas residências destruídas devido a um desbarrancamento no local. A doméstica Alcilene Maria Silva Martins, de 28 anos, é uma das atingidas e conta que já perdeu toda cozinha e está com o resto da casa comprometido com rachaduras e apresentando inclinação.

A doméstica contou que quando a chuva iniciou, o barranco que fica atrás das casas começou a deslizar. Ela saiu de dentro da residência com os quatro filhos e o marido, porém todos os móveis da cozinha foram perdidos. Alcilene estima um prejuízo de aproximadamente R$ 10 mil.

“Só nessa cozinha eu gastei R$7 mil para construir, além disso perdi a geladeira, mesa, armário, pia e tudo que estava lá. O fogão ainda conseguimos tirar, mas não deu mais para usar, acabou tudo. Meus filhos estão dormindo na casa da vizinha, mas eu e meu marido estamos aqui. Tenho que continuar dormindo aqui por não ter para onde ir”, conta a moradora.

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A vizinha da doméstica, Juliana Fortunato, cedeu parte da casa para os filhos de Alcilene dormirem, mesmo estando também com a residência em local de risco.

“É uma preocupação para todos nós, mas diante do problema do vizinho a gente tem que se unir e ajudar. Eu estou com muito medo da minha casa cair, mas não temos para onde ir. A única solução é ficar aqui e vigiar”, disse.

A aposentada Helena de Nazaré Páscoa, de 67 anos, relata que não consegue mais dormir nos dias de chuva preocupada em perder a casa ou até mesmo a vida. Helena já sofreu com quatro deslizamentos de terra que atingiram sua residência, tendo o primeiro acontecido em 2010.

“A preocupação é muito grande mesmo. Eu moro sozinha com meu neto e não tenho nem para quem pedir ajuda. Essa é a quarta vez que o barro desliza aqui. A gente não sabe até quando esse barro vai vir de lá para cá. Antigamente esse terreno era grande, a gente criava até galinha e hoje em dia não tem mais nada”, fala.

Casas ficam às margens de um barranco em Cruzeiro do Sul  (Foto: Vanísia Nery/ G1)Casas ficam às margens de um barranco em Cruzeiro do Sul (Foto: Vanísia Nery/ G1)
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Os moradores contam que uma equipe do governo do estado realizou, há alguns anos, um cadastro de habitação para os moradores da localidade, mas até o momento não receberam nenhuma resposta. O representante do governo em Cruzeiro do Sul, Itamar de Sá, explicou que o cadastro foi realizado com todas as famílias do bairro da Lagoa na época da construção da ponte, como forma de levantamento da área, mas apenas as famílias da área de abrangência da ponte foram retiradas. Segundo ele, a área de desbarrancamento é de responsabilidade do município.

“Dos que estão na encosta não foi realizado cadastro , essa é uma questão que fica a cargo da Defesa Civil do município, mas como não existe a comissão funcionando esse povo fica sem ter a quem procurar. O cadastro feito foram para as famílias no domínio da ponte e estas já foram todas indenizadas. Fica agora a cargo do município”, explica.

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Na prefeitura, a assessoria de comunicação explicou que necessita de um laudo encaminhado pelo Corpo de Bombeiros para tomar atitudes em relação ao problema.

O comandante do corpo de bombeiros, Major Marcelo Araújo informou que o órgão não enviará laudo para Prefeitura, pois alega que é dever do município acionar a Defesa Civil Municipal em relação as áreas de risco. “A prefeitura deve acionar a Defesa Civil, é essa atitude que deve ser tomada”, enfatiza.

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1º ciclo unificado de auditorias na pecuária da Amazônia: divulgados os resumos públicos por empresas

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Foto ilustrativa por rawpixel.com, em domínio público, via nappy.co

(MPF)  – O Ministério Público Federal divulgou os resumos públicos de resultados de cada empresa participante do primeiro ciclo unificado de auditorias na cadeia econômica da pecuária na Amazônia Legal.

Os resumos apresentam dados mais detalhados do que os divulgados no evento realizado em outubro de 2023 para anunciar os resultados. O ciclo marcou a primeira vez em que auditorias nessa cadeia econômica foram realizadas a partir de critérios idênticos para toda a Amazônia.

Foram divulgados resumos referentes a empresas que passaram por auditorias contratadas e, também, os resumos de resultados relativos a empresas que foram submetidas às chamadas auditorias automáticas. Confira aqui os resumos.

Dois tipos de auditorias – As auditorias contratadas são feitas por empresas independentes, cujas contratações estão previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 entre MPF, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização.

Já as auditagens automáticas são realizadas a partir de dados de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) dos fornecedores de empresas que não assinaram acordos com o MPF ou não contrataram auditorias próprias para avaliar suas compras.

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As checagens verificam se há controle da origem da matéria-prima, para que a legislação seja respeitada. O cumprimento da legislação evita, por exemplo, que sejam comercializados animais com origem em áreas com desmatamento ilegal, trabalho escravo, invasões a unidades de conservação e a terras indígenas.

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